sábado, 12 de novembro de 2011

Sei que estou só e gelo entre as folhagens

Sei que estou só e gelo entre as folhagens
Nenhuma gruta me pode proteger
Como um laço deslaça-se o meu ser
E nos meus olhos morrem as paisagens.

Desligo da minha alma a melodia
Que inventei no ar. Tombo das imagens
Como um pássaro morto das folhagens
Tombando se desfaz na terra fria.




SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, In CORAL, 1950, in OBRA POÉTICA (Caminho, 2010)

Sem comentários:

Enviar um comentário