sábado, 19 de novembro de 2011

INSÓNIA

A lágrima cai, redonda,
na pele morta da alegria;
a boca torce um sorriso
que azeda nos lábios frios;
os olhos despertam, inutilmente,
de um sonho que não dormi...

Lá fora, o mundo todo em claridade...
e nas minhas palavras
o magro soluço
de uma grande verdade,
que pressenti:
ser o gemido de um choro,
a solidão de um desterro...
ser eu, enfim, o maior erro
que alguma vez cometi.


JOSÉ ALPEDRINHA (a publicar)

Sem comentários:

Enviar um comentário