sexta-feira, 19 de agosto de 2011

AS AVES



     Afluem às margens, jogam
     como se a água lhes pertencesse,
     pousam no meio dos arbustos
     como se tivessem todo o tempo! No

     entanto, sabem que as nuvens
     vão encher o céu; e que o norte
     irá enviar o vento frio que as
     há-de arrastar para sul, deixando
     atrás de si o silêncio
     nos campos. Mas pouco lhes importa
     isso, quando se juntam, e
     cantam a efemeridade do
     instante.



Nuno Júdice

Sem comentários:

Enviar um comentário