segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Sujei o teu nome


Sujei o teu nome
para me libertar de ti
o sujo foi sombra
teu nome esqueci-o


O sujo era ferida
e eu falso cantava
Não reconhecia a minha voz
Ai que deserta liberdade

Preso de novo
que rede tamanha
de laços e vozes
Um eco talvez
Um eco incessante

ANTÓNIO RAMOS ROSA, in MATÉRIA DE AMOR (Ed. Presença, 1983)

Sem comentários:

Enviar um comentário