quarta-feira, 26 de agosto de 2015

PÉTALAS PRATA


Cumpliciei o teu anoitecer, lânguido tormento da saudade, que exarou o 
regresso
à nascente.
Nas pétalas prata do teu dormir, cuidei do envolver suave até ao sopro do beijo voo. Os deuses das tuas metáforas bebem agora a espuma do
sigilo, em ânsias regimentais
únicas.
Gostei da comoção táctil do teu segredo e confidenciar o meu ousar
numa loucura mergulho, que elegeste.
Bem-hajas sibilo natureza, por abrires as portadas da minha leitura 
salina.

JOSÉ LUÍS OUTONO, in MARGINÁLIA, 10 POETAS (Edita-Me, 2015)

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