domingo, 8 de setembro de 2013

SEGREDO


Nem o Tempo tem tempo
para sondar as trevas

deste rio correndo
entre a pele e a pele

Nem o Tempo tem tempo
nem as trevas dão tréguas

Não descubro o segredo
que o teu corpo segrega

DAVID MOURÃO-FERREIRA, in NO VEIO DO CRISTAL (1988), in OBRA POÉTICA 1948-1988 (Presença, 4ª ed., 2001)

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