terça-feira, 14 de maio de 2013

Não digas nada – a tua boca já me pertenceu


Não digas nada – a tua boca já me pertenceu
e agora tenho ciúmes das palavras. O que
disseres será um beijo pousado nos lábios de
outra mulher, dor e mais dor, traição maior
para quem acreditou que o teu amor era para
a morte. Não fales – tenho também ciúmes

da tua voz; ouvir-te é ficar só uma vez mais.

MARIA DO ROSÁRIO PEDREIRA, in POESIA REUNIDA-A Ideia do Fim (Quetzal, 2012)

Sem comentários:

Enviar um comentário