sábado, 2 de novembro de 2013

Dá-me a tua mão


Dá-me a tua mão.

Deixa que a minha solidão
prolongue mais a tua
— para aqui os dois de mãos dadas
nas noites estreladas,
a ver os fantasmas a dançar na lua.

Dá-me a tua mão, companheira,
até o Abismo da Ternura Derradeira.

JOSÉ GOMES FERREIRA, in POETA MILITANTE I (Ed. Dom Quixote, 1990)

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