domingo, 1 de setembro de 2013

O SILÊNCIO E A PALAVRA


Tu és o silêncio,
Eu a palavra,
Mãos que se trocam
De encontro ao rosto
Porque tudo é breve.

Não sei o nome da tua tribo
Mas deixei-te entrar
No meu abraço,
Contra todas as leis,
Mesmo a do bom senso.

Se amanhã fores,
Se tiveres de ir,
Não demores a partida.
Pega na minha mão estendida
E leva-me
Para onde eu possa esquecer o meu nome.

ANA BRILHA, in A APOLOGIA DO SILÊNCIO (ed. da Autora, 2012)

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