terça-feira, 18 de junho de 2013
Os nossos dedos abriram mãos fechadas
Os nossos dedos abriram mãos fechadas
Cheias de perfume
Partimos à aventura através de vozes e de gestos
Pressentimos paixões como paisagens
E cada corpo era um caminho
Mas um se ergueu tomando tudo
E escorreram asas dos seus braços.
Florestas, pântanos e rios
Viajámos imóveis debruçados,
Enquanto o céu brilhava nas janelas.
E a cidade partiu como um navio
Através da noite.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, in CORAL (1950), in OBRA POÉTICA (Caminho, 2010)
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