Tristezas os olhos
que não têm o brilho de contar,
estão riscados de sombras
como se o rasto dos caminhos
o longe da viagem
fosse, neles, deixando pistas.
Tristezas os olhos
de onde me olhas
detrás de um tempo passado,
o tempo das promessas antigas.
Teus olhos, amado,
são os olhos de alguém
que já morreu
e ainda não sabe.
ANA PAULA TAVARES, in "DIZES-ME COISAS AMARGAS COMO OS FRUTOS" (Caminho, 2011)
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