A transparência perdida — o grito
Que não conseguiu atravessar o opaco
O limiar e o linear perdidos
Deverá tudo passar a ser passado
Como projecto falhado e abandonado
Como papel que se atira ao cesto
Como abismo fracasso não esperança
Ou poderemos enfrentar e superar
Recomeçar a partir da página em branco
Como escrita de poema obstinado?
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, in O NOME DAS COISAS (Moraes Ed., 1977), in OBRA POÉTICA (Caminho, 2010)
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