Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.
EUGÉNIO DE ANDRADE, in POESIA DE EUGÉNIO DE ANDRADE (Modo de Ler, 2011)
Sem comentários:
Enviar um comentário