Aquele azul
de arrepiar.
Quero-te assim;
Inteira no sentir.
Toda tremendo
na claridade
alta do desejo.
Os lábios ardendo
nos desconhecidos
dentes assustados.
A língua procurando
recantos.
Onde a labareda é mais intensa.
O pão que procuro:
Vem nesse vulcão
de aves incandescentes.
Aquele pão doce
e quente.
Das madrugadas empoleiradas
no raiar dos pássaros.
Esse é o beijo:
Que me basta
e que me alimenta.
JOAQUIM MONTEIRO, in NA TUA BOCA (Ed. Universus, 2011)
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