ficou tanto por dizer
e já estão mortas as palavras.
secaram os poemas
mas não as lágrimas.
quero palavras novas
que não fiquem presas na garganta.
irei, um dia, ter contigo,
mesmo que deixe cá a vida.
PAULO EDUARDO CAMPOS, in A CASA DOS ARCHOTES (Lua de Marfim, 2011)
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