Nocturnamente te construo
para que sejas palavra do meu corpo
Peito que em mim respira
olhar em que me despojo
na rouquidão da tua carne
me inicio
me anuncio
e me denuncio
Sabes agora para o que venho
e por isso me desconheces
(1981)
MIA COUTO, in RAIZ DE ORVALHO E OUTROS POEMAS (Caminho, 2009)
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