Talvez seja o momento de.
Mesmo sem esperança. E ele escreve:
nenhum impulso para ti
neste espaço deserto.
Ele perscruta entre as pedras e as sombras.
Nada vê ignora. Olha.
Que traços são estes,
qual a origem destas palavras nulas?
Ele escreve. O seu desejo é o desejo
de tornar habitável o deserto.
ANTÓNIO RAMOS ROSA, in A PEDRA NUA (1972), in ANTOLOGIA POÉTICA , Selecção, Prefácio e Bibliografia de ANA PAULA COUTINHO MENDES (Pub. Dom Quixote, 2001)
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