Espero por uma espécie de silêncio
Que nunca chega cedo
Espero a atenção a concentração da hora tardia
Ardente e nua
É então que os espelhos acendem o seu segundo brilho
É então que se vê o desenho do vazio
É então que se vê subitamente
A nossa própria mão poisada sobre a mesa
É então que se vê passar o silêncio
Navegação antiquíssima e solene
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, in GEOGRAFIA (1967), in OBRA POÉTICA (Caminho, 2010)
Navegação antiquíssima e solene
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, in GEOGRAFIA (1967), in OBRA POÉTICA (Caminho, 2010)
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